Bem mais perto que o que pensamos
Alguém que lutou por uma princesa
Era um principe desconhecido
Seu nome era Manof Valor
Trazia consigo uma armadura especial
E a sua espada mágica, Excaliámor
Existia neste reino
Mais que uma princesa
Mas a que este principe tanto amava
Encontrava-se algures por ai presa.
Ele percorreu mais de meio mundo
Esperou toda a vida para a encontrar
Tinha uma única missão quando chegou:
A ela o seu coração entregar
Mas não ia ser fácil
A princesa tinha sido capturada
Por um outro principe muito mau
Que no seu castelo a mantinha amarrada
Ao saber de tudo disto
Manof preparou-se para a batalha
Vestiu a sua Armadura de Confiança
Tratou do seu arco, flechas e espada
Todos os seus amigos o apoiaram
Alguns quiseram mesmo ir com ele
Ele agradeceu a boa vontade
Mas ia sozinho enfrentar este pesadelo
Começou a sua viagem
Entrou no Pântano da Solidão
Ouvia-se os corvos da Perda de Tempo
Mas não se assustava o seu coração
Todo aquele clima sombrio
Proporcionava algo mau aparecer
Apareceu o Ogre da Dúvida
Ele tinha de o combater!
O principe foi atacado violentamente
Ficou preso nos seus enormes braços
Tinha que se libertar rapidamente
Senão ficaria em pedaços
A sua Armadura de Confiança
Foi mais forte que nunca
Usou tudo o que aprendeu no passado e libertou-se
Tirou o arco e acertou-lhe com uma flecha
O principe foi mortífero na sua acção
Acertou mesmo no meio da testa
Não era uma flecha qualquer
Era de Certeza aquela flecha.
Nas Masmorras das Lágrimas
Chorava o seu amor
Por estar só naquele canto medonho
Sem carinho, sem amor
Não havia tempo a perder
O principe atravessou o Vale do Engano
Continuou sempre, sem parar
Atravessou o Nevoeiro do Cansaço
Era tempo de decidir
Havia dois caminhos agora
Um com teias e o escuro da complicação
Outro apenas com uma simplicidade clara
O principe escolheu o escuro
Avançou, quase sem cautela
Esqueceu-se de como este mundo é perigoso
E que nunca se deve baixar a guarda
De repente foi atacado
Por ferozes aranhas gigantes
As Aranhas dos Ciúmes
Morderam-lhe como nunca sido mordido antes
Conseguiu ganhar a luta
Uma luta quase sem sentido
Se tivesse sido cauteloso ou escolhido bem
Nada disto teria acontecido
Sobreviveu e aprendeu
Da pior forma esta lição
Era altura de voltar a juntar forças
E seguir as ordens de seu coração
Já era tanta a fome por não a ver
Faltava-lhe a água do seu olhar
Adoeceu por não a ter
E ficou cansado, por não a beijar
Mesmo neste estado
O principe conseguiu
Ao longe via-se o gigantesco Castelo
O maior que alguma existiu
Não podia desistir
Faltava tão pouco agora
A sua frente estava a Desconfiança
A mais temida ponte de corda
O príncipe tirou a sua espada
Olhou para baixo, onde não se via chão
Estava perante aquela ponte de corda
E o Precipício da Decisão
Mais cauteloso que nunca
Atravessou-a com muito cuidado
Assim sem qualquer problema
Chegou são e salvo ao outro lado
Era agora ou nunca
Já estava tão perto
E quanto mais perto estava
Mais o perigo era certo
A sua espada mágica brilhava
Espada do Amor e Amizade
E quando usada por mão nobres
Tinha também o Poder da Sinceridade
Algo não estava bem
E isso o príncipe pressentiu
Quando se preparava para entrar no Castelo
Um enorme dragão surgiu
Era Medhode Sufrer
O maior dragão do reino
O príncipe avançou para ele
Confiante no seu amor eterno
Foi uma luta feroz
O dragão cuspia Fogo da Infelicidade
Se o príncipe não se defendesse
Nunca ia poder amar de verdade
Trepou pelas costas do monstro
Tentando alcançar a cabeça
Quando chegou o mais perto que conseguiu
Atacou-o com toda a força
O bicho tombou no chão
Mas ainda estava vivo
Estava a sangrar imenso
Mas não estava morto, apenas ferido
O príncipe disse então:
"O meu amor por ela é eterno
Com esta espada que te cravarei no coração
Te mandarei para o inferno"
Assim foi...
Tal como foi dito assim foi feito
Com toda a coragem que tinha
Cravou-lhe a espada no peito
Mais uma batalha ganha
Era altura de entrar no castelo
Tão famoso quanto mau
O conhecido Castelo do Medo
Atravessou rapidamente
Os Labirintos da Infelicidade
Avistou a sua amada lá ao fundo
E o Principe Damal Dade
Valor nem queira acreditar
Dade era o seu melhor amigo
Que fez mal a sua amada
Que o...tinha traído...
Dois guerreiros frente a frente
Um de boa outro de má vontade
Um que queria a princesa por interesse
Outro para a amar de verdade
Dade empunhava a Espada da Mentira
Vestia a Armadura do Desrespeito
Tinha um Arco com flechas especiais
Flechas feitas de Ódio Perfeito
O combate começou
No Pátio dos Usados
Horas depois a combater
Nenhum dos dois pareciam cansados
Mas a armadura de Valor
Foi perfurada por aquela espada
Atingiu-o no ombro onde antes
Aquele, seu melhor amigo chorava
Era uma dor insuportável
E o bom príncipe sangrava
Maldita Espada da mentira
Tinha que ser quebrada!
Com as suas quase últimas forças
E com o seu melhor jeito
Perfurou a armadura do seu inimigo
Em cheio, no peito
Atingiu-o em cheio...
Em cheio no coração
Mas...mas...ele levantou-se de novo...
Dade não tinha coração!!
O malvado principe lançou várias flechas
Mas Valor não era afectado
E tinha na sua cintura um trunfo
Um punhal muito especial guardado
Manof evitou as flechas
Depois correu a toda a velocidade
Com toda a força e num grandioso gesto
Partiu a espada de Dade!
A sua havia ficado danificada
Não havia problema, não era necessária
Não havia nada que o pudesse atacar agora
Não com a espada maquiavélica partida.
O bom principe deixou o mau ir embora
Deixou-o a pensar no que tinha feito
Disse-lhe que tinha vergonha de o ter tido
Um dia como melhor amigo eleito
Com raiva Dade lançou-se a Valor
Este puxou o Punhal da Razão
Cravou com tanta força na sua boca
Que atravessou-o dum lado ao outro...e ele caiu no chão
Estava ganha a última das batalhas
Estava ganha toda a guerra
O bondoso príncipe desceu as Escadas do Sofrimento
E foi ter com a sua princesa.
Chegaste até mim meu príncipe
Pelo outro fui enganada
Ele aprisionou-me naquele castelo
Mas por ti meu amor, fui salva
Vamos para o Castelo Da Felicidade
É lá que quero viver contigo
Serás meu amigo, pai dos meus filhos
Serás o meu doce e estimado marido
Conquistaste o meu coração
Juro que amar-te-ei eternamente
Sei e acredito que eu e tu
Iremos viver felizes para sempre
BY:JCS
23/08/2009
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