O meu corpo e cara servem de escudos
De cofre e protecção ao meu bem mais valioso
A tudo o que por detrás da pele se encontra
O único e verdadeiro eu.
O que eu tenho
Qualquer um pode ter
Mas o que eu sou
Apenas eu posso ser.
Aprendi a amar feio
A proteger feio
A ser feio
A viver como feio.
Nada perdi.
Aprendi a ver a vida
Do meu dentro
Para o dentro dos outros.
De igual para igual
Do que interessa para o que interessa
Do que sou para o que são
Sem falhas, sem erros
Podia deixar o verdadeiro eu na prateleira
Ir-me abaixo por não ser mais bonito
Perder-me em mim mesmo
E chorar por não me encontrar.
Não há nada de errado com o que eu sou.
Está tudo bem mesmo que não esteja bem
Mas ver com os olhos é distorcer
Ver com o coração é saber ver.
Acham que por chamarem feio
À pessoa que mais me estima e adora
(leia-se eu mesmo, sem narcisismos)
Que vos torna mais bonitos que eu?
O que pensam de mim
Nada altera aquilo que sou
Pode no entanto
Alterar o que penso de ti
Sou verdadeiro comigo mesmo.
Posso ter muitos defeitos,
Mas ser cego porque quero
Não é um definitivamente um deles.
Sei na perfeição qual o meu valor
Sei até onde consigo ir
Um sorriso, humildade e bom coração
Boa educação e a vontade de conseguir
O que vejo no espelho
É um guerreiro disfarçado
No corpo que a genética escolheu
Que eu acolhi, pois até morrer é apenas meu.
Posso pedir desculpa caso assuste alguém
Mas nunca pedirei por quem sou.
Mesmo feio, consigo derrotar o mundo
E isso...é lindo!
BY:JCS
15/06/2012
00:51
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